A hialose asteroide (doença de Benson) é uma doença benigna caracterizada pela presença de múltiplas partículas de cor branca-amarelada, redondas e birrefringentes, compostas essencialmente por fosfato e cálcio, dispersas no vítreo. A sua incidência tem sido estimada em 0,5 %.
A origem da hialose asteroide permanece desconhecida, mas tem sido associada com hipermetropia, diabetes mellitus, hipertensão arterial e hipercolesterolémia.
A hialose asteroide permanece ligada à rede de colagénio vítreo, movendo-se apenas quando esta rede oscila. Têm uma cor dourada sob retroiluminação e branca sob iluminação direta. Esta patologia é geralmente unilateral (75%) e encontrada em doentes com mais de 60 anos de idade.
Por vezes, a análise da retinografia é difícil devido aos numerosos reflexos produzidos pelos corpos hialóides. A angiografia fluoresceínica permite uma melhor visualização em casos difíceis. Na ultrassonografia, a hialose asteroide apresenta-se como depósitos hiperrefletivos na cavidade vítrea e pode dificultar a medição do comprimento axial do globo ocular.
A hialose asteroide raramente afeta a acuidade visual, exceto nos casos em que há um grande envolvimento do vítreo, e nos quais pode estar indicada uma vitrectomia.
Diagnóstico Diferencial
- Amiloidose
- Colesterolose
Referências
Basic and Clinical Science Course – 2011-2012 – Section 12 – Retina and Vitreous, American Academy of Opthalmology
Bergren RL, Brown Ge. Duker JS. Prevalence and association of asteroid hyalosis with systemic diseases. Am J Ophthalmol. 1991;111 :289- 293
Fawzi AA, Vo B, Kriwanek R, Ramkumar HL, et al, Asteroid hyalosis in an autopsy population: The University of California at Los Angeles (UCLA) experience. Arch Ophthalmol. 2005 Apr;123(4):486-90